terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Noite na Taverna

 Alguns de vocês devem estar se perguntando se não houve uma história de amor em uma de minhas aventuras. Digo-vos que sim, embora gostaria que não fosse verdade...
 Após o incidente com Lankar estive em uma taverna em uma noite chuvosa. A música estava alta, alguns tocando violas e rabecas e muitos cantando e dançando, tanto homens quanto mulheres, muitos bebendo, gritando e outros caindo de bêbado ao chão. Até que de repente fizeram a trombeta soar, todos se calaram e então eu vi, pela escada desceu a mulher mais linda que jamais ousei ver, me senti hipnotizado por sua beleza, meu sangue ferveu e meu corpo estremeceu...
 Mas não foi por paixão ou algo do gênero, meu corpo estremeceu não por ver a mulher mais bonita do mundo, mas por sentir em minha pele os seus dentes afiados rasgando a minha carne, expondo meus ossos e jorrando meu sangue no chão. Que diabo de dor, que terrível maldição, muitos tentaram me ajudar mas descobriram todos ser em vão.
 Um tempo depois descobri que a chuva havia parado e que na taverna não estava mais, mas sim no meio do mato e já era noite, nublada e fria. A mulher já não estava mais ali, mas havia outros em minha companhia, embora tristemente descobri que já estavam sem vida, uns sem olhos por de certo não querendo mais ver o que viram e outros totalmente rasgados e furados como se quisessem expulsar de seus corpos algo que entrou sem ser convidado.
 Procurei imediatamente descobrir se eu havia perdido algo mais além de sangue, carne e pele. Em um pequeno instante de alegria me vi fugindo dali para nunca mais voltar, no entanto minha felicidade se foi ao ver em minha frente o rosto daquela tentação cruel com um sorriso quente em seus lábios que veio e me beijou... molhado e doce e então percebi que tinha gosto de sangue e o pior, sangue meu, aquela besta bonita estava me comendo pela boca, suportando a dor encontrei meu punhal encravado em algum lugar qualquer ao meu alcance e o enterrei no coração da maldita aberração.
 Mais tarde estive na taverna embora estando receoso da noite anterior preferi não mostrar meu rosto o que me permitiu ouvir uma conversa que só então me fez lembrar tristemente da noite na taverna...
 A trombeta soou e a prostituta mais linda desceu ao salão para realizar seu trabalho, eu a puxei para meu colo antes mesmo dela ser anunciada e roubei-lhe um beijo, alguém acertou uma garrafa de vinho em minha cabeça, passei minha mão direita sob a saia da donzela e toquei sutilmente o objetivo, pressionei a mulher contra a parede e soltei a fera na direção antes apontada. A dama suspirou e o pessoal na taverna grunhiu de raiva, alguns me morderam, me esfaquearam mas não foram tão fortes quanto foi a mordida da prostituta que chegou a arrancar carne de mim. Carreguei-a para o mato, para longe daqueles bêbados ladrões e cafetões. Os que conseguiram me acompanhar não tiveram a sorte de retornar, em minha fúria achando possuir a garota por direito e não por dinheiro saquei meu punhal e enfrentei violentamente os cafetões, depois de tantas investidas e arranhões a alguns arranquei-lhes os olhos a outros rasguei e furei e então a pobre garota gritando de desespero eu pude consumir sem muito esforço para o meu próprio deleite, ela que no outro dia tentou escapar me beijando.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Noite profunda!

   E lá estávamos mais uma vez procurando nos encontrar em algum lugar ou mesmo em algum lugar algo encontrar.
   Depois de um dia bem cansativo de caminhada por pedras pontiagudas e arbustos espinhentos montamos acampamento em um ajuntamento de três árvores de uns 6 metros de altura com troncos grossos e copas recheadas de folhas verdes escuras. Não fizemos fogueira, tanto para não despertar atenção de algo fora do nosso conhecimento quanto pelo motivo de estar fazendo muito calor.
   Comemos umas coxas de perdizes que tínhamos cozinhado na noite anterior quando o ambiente nos proporcionou um local protegido e aconchegante. Dormimos satisfeitos, mas acordamos preocupados. Achamos que tínhamos apenas cochilado, mas nossos sonhos tinham sido muitos e profundos, havíamos dormido tarde da noite e quando despertamos já era para estar vindo a alvorada.
   Meu amigo, Lankar, estava sério, preocupado, eu demonstrei o mesmo, sabíamos que mais coisas estranhas teríamos que enfrentar. Pô-mo-nos de pé e subimos as árvores para esperar pela vinda do sol. Ficamos ali em cima como pássaros dormindo em suas casas, pois ficamos muito tempo, no entanto acordados, mas nada de sol, parecia que havia se perdido, tomado outra rota. De repente meu amigo cochichou-me da outra árvore que não se atrevia a descer ao chão enquanto a escuridão continuasse, concordei em fazer o mesmo, a escuridão do dia é mais perigosa que a luz da noite.
   O silêncio era tão predominante quanto a escuridão. Era como se estivéssemos mortos, ponderei esta louca ideia por um momento, mas era capaz de cheirar o mato, o meu suor, conversar com meu amigo, sentir dor, dor e principalmente medo, este era o mais forte, o que viria a seguir? Um clarão repentino ou algo inimaginável? Parei de pensar, não fazia sentido, tinha que descer, o lugar parecia enfeitiçado...
   Não foi muito fácil descer, a escuridão me deixou relutante. A todo o momento meu amigo ficava dizendo para não cometer tamanha estupidez. Mas quando coloquei os pés no chão e me afastei das árvores me senti leve e corajoso. Disse para Lankar esperar por mim na árvore enquanto eu verificasse o que estava acontecendo, embora eu não tinha a mínima ideia do que procurar comecei a me distanciar das árvores a procura de alguma coisa que me chamasse a atenção naquela escuridão toda.
   Não precisei andar muito para que enxergasse uma pequena luz brilhando entre umas pedras à minha frente. Andei em direção à tal luz quando me deparei com uma pequena reentrância entre rochas de 2 metros de altura, rochas negras e lisas. A luz ali já era forte e dois passos através dessas rochas foi o suficiente para que eu me deparasse com o dia como costumávamos presenciar, havia um campo com vegetação rala e verde, poucas pedras, a paisagem era plana e havia também poucas árvores, como se fosse um deserto verde. Estranhamente percebi que eu estava no limiar entre a noite e o dia, mas quando voltei para trás eis que já não havia mais escuridão alguma, desesperado corri para o meu amigo, mas não o encontrei e o que é pior, onde deveriam estar as três árvores só pude encontrar os nossos pertences em uma clareira entre a baixa vegetação. De meu amigo, Lankar, não havia sinal algum, parece ter sido levado com as árvores quando a escuridão se foi, para onde não me atrevo a dizer, mas acredito que ele ainda esteja lá, em cima de uma das árvores, esperando por mim... na escuridão!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Perdidos na estrada - mais adentro...

Novamente eu e meu amigo, Lankar, estávamos andando por lugares estranhos, passamos por pontes de pedra preta cobertas de lodo sobre rios verde escuros, as cenas eram assustadoras, tínhamos medo de a ponte cair com nós abaixo, o que por sorte não aconteceu. Andamos muitas vezes sobre a chuva que caía forte trazendo raios e trovões deixando-nos a mercê dos fogos celestes, por vezes muitos deles caíram próximo a nós e mais uma vez tivemos sorte de continuarmos de pé.
Certo dia Lankar enfiou o pé direito em uma cova de tatu, acidentalmente é claro, foi difícil removê-lo dali, não tínhamos ferramentas para cavar buracos, tive uma idéia que pareceu assustadora na hora mas agradou ao meu amigo depois de horas em vão tentando sair da armadilha. A idéia consistia em esperar que chovesse, assim seria fácil fazer movimentos com a perna para tirá-la do buraco, no entanto o clima não estava para chuva e poderíamos ficar ali por meses, eu já estava quase me arrependendo de dizer tal coisa quando Lankar deu um grito pavoroso, alguma coisa havia cutucado seu pé, pensei, mas foi pior que isso, algo estava arrastando sua perna para as profundezas do buraco e ele estava desesperado, agarrei-lhe nas mãos e dei um puxão para o meu lado, mas fiquei com medo de arrancar o braço ou a perna do meu amigo nessa disputa assustadora. Não haveria outro jeito, tivemos que jogar no buraco toda a nossa água, o que rendeu muita lama, o suficiente para tirar meu amigo daquela situação complicada mesmo com a "coisa" tentando o puxar para dentro da cova. Quando Lankar me disse que a textura da "coisa" que o estava puxando era de uma mão humana, viscosa e quente, não tive dúvidas que o melhor a se fazer era sair dali correndo sem olhar para trás.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Por um Brasil mais limpo!

Precisamos de um novo candidato para impulsionar um 
crescimento econômico e sustentável. 
O mundo precisa ser salvo, caso não seja nós que 
iremos perder.
O PT já teve sua vez e o PSDB também, agora vamos ver 
do que o PV é capaz.
Acredito que o meio-ambiente é algo de interesse a todos 
e por isso não podemos deixar de votar em alguém que 
está mais centrado para essas questões.

VOTE MARINA 43!


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Perdidos na estrada

Eu e um amigo estávamos caminhando em uma estrada, cheia de areia amarela com o céu nublado. A nossa volta não havia vestígios de vida móvel, algumas árvores, troncos apodrecidos, um imenso campo sem cercamento de ambos os lados da estrada.
Depois de muito andarmos nos deparamos com uma vila antiga e sinistra, o ar estava pesado, não parecia ser habitavel, algo parecia nos observar, não tivemos coragem de chegar muito perto das casas, de repente vimos um homem alto, de uns 3 metros de altura, não restou dúvidas de que tínhamos de sair dali o mais rápido possível, ainda mais por termos visto em seu carrinho de mão cabeças humanas cortadas recentemente, a expressão facial das vítimas era assustadora, olhos arregalados como se tivessem visto fantasmas ou talvez a coisa mais horrenda do mundo.